As pessoas são estranhas. Acham que cresceram, acham que amadureceram e acham que deixaram de ser crianças. Grave engano. Elas continuam batendo na mesma tecla, tendo a mesma opinião e fazendo as mesmas coisas; pisando na mesma pedra e agindo da mesma forma errada, só que apenas numa perspectiva diferente.
Ou então, quando mudam radicalmente e se apegam fielmente a uma nova crença, você fica feliz pela pessoa. No entanto, dois meses depois, ela volta exatamente a ser como era, achando que essa nova crença pela qual se apegou só a enganou e a deixou com mais dúvidas.
A real é que: você não se apegou porra nenhuma à essa nova crença ou ideia. Você só fingiu para si mesma e para os outros acreditarem que você estava mudando ou crescendo. E, quando essa máscara caiu e você voltou a ser o que era, você achou que tudo serviu como um aprendizado para se tornar o que é hoje.
Engano geral. Você continua sendo a mesma merda de pessoa, fingindo que se importa com a sua família e machucando os seus amigos, levando-os para mais longe ainda. Longe do seu contato e longe do seu coração, numa forma de não se machucar nunca mais. Egoísta da sua parte, caro amigo.
E é por isso que hoje vocês não trocam mais de duas palavras quando ontem juraram que a amizade iria ser para sempre.
Quantas vezes nos disseram que o pra sempre sempre acaba e nós teimamos em não acreditar nisso? Quantas vezes pensamos em ser a exceção à regra? Mas é exatamente por isso que ela existe: pensamos que somos as exceções, quando na verdade somos mais uma reles pessoa no complexo universo composto por mais de um trilhão de seres humanos acreditando fielmente nessa crença furada.
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